Se mexa. Dê algum sinal de vida. Comece a gritar, pular, correr, pois seu o corpo pede isso. A idéia de se movimentar através de atividades físicas pode imprimir ao corpo mudanças nos índices de aptidão física e no estado de saúde, pois existe uma correlação íntima entre esses fatores.
O bem estar físico, mental e social, na sua globalidade, deve afastar ao máximo os fatores de risco que possam provocar doenças. Fatores como, por exemplo, percentual gordura elevado, deficiências do aparelho locomotor, ou mesmo o tabagismo, apesar de você poder, em um determinado momento, não apresentar nenhum sintoma de qualquer tipo de doença, não estão distantes de quadros patológicos, tais como hipertensão arterial, diabetes mellitus e cardiopatias, entre outros, que se desenvolvem silenciosamente no corpo humano e nos fazem concluir que, não basta não estar doente para se ter saúde, pois o processo de saúde é contínuo e depende muito mais de uma prática de vida saudável ao longo de toda a vida.
Neste contexto, a atividade física surge como uma mola propulsora de qualidade de vida e o que poderia ser classificado como atividade física? Todo e qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos , que resulta em gasto calórico maior do que os níveis de repouso (Caspersen et ali, 1985) e para tanto, qualquer movimento corporal pode ser considerado como uma atividade física, porém são as atividades físicas desenvolvidas e advindas dos programas de condicionamento físico que provocam as maiores adaptações e modulações energéticas. E se esta assumir características de exercício físico, ou seja, sendo uma atividade controlada por um profissional em educação física, planejada, rotineira e com objetivo de melhorar e manter os níveis de aptidão, certamente atingirá os melhores resultados, minimizando o tempo da prática e maximizando os resultados.
Vale lembrar que tanto a atividade física quanto o exercício físico assumem importante papel na promoção de aptidão física e saúde, porém, para que o resultado seja realmente visível, em ambos os casos deve haver uma alteração dos padrões básicos das taxas metabólicas Em uma revisão bibliográfica realizada na universidade de Maryland no qual várias pessoas eram submetidas à treinamento de endurance, chegou-se a uma conclusão de que exercícios muito leves com um gasto de +/- 150 kcal por 3 vezes na semana, não repercutem em aumento da taxa metabólica de repouso, porém exercícios moderados com um gasto de +/- 300 kcal por 3 vezes na semana ocasionaram um aumento de 17% taxa metabólica de repouso. Neste estudo pudemos observar que a atividade física deverá imprimir adaptações ao organismo exigindo dele uma compensação dos esforços físicos e assim melhorando a aptidão física e consequentemente a saúde.Então vamos lá. Dê algum sinal de vida. Se mexa. Corra. Pule. Viva. Pois, assim, irá conquistar a qualidade de vida que tanto espera..
Fontes:
Michael J. Toth and Eric T. Poehlman. Effects of exercise on daily expenditure. Nutrition Reviews, vol 54, nº 04 – Univesity of Maryland – 1996
Dartagnan Pinto Guedes e Joana Elisabete R. P. Guedes. Exercício físico na promoção da saúde. Londrina – PR. Midiograf 1995