Talvezum dos maiores enigmas do esporte até hoje seja a quantidade necessária detreino. Desde o praticante entusiasta até o atleta de alto rendimento sofremcom essa questão; principalmente com um universo cercado de palpiteiros e“entendidos”.
Umaconversa comum em rodas de praticantes é que o treino deve atender a distânciaa ser cumprida. Por outro lado não há absolutamente NADA na literatura que nosrespalde para tal afirmação; pelo contrário, sabemos que bons treinos podemser bem mais curtos do que as competições pretendidas. Ao invés de tentaradivinhar o quanto treinar o melhor seria procurar um profissional habilitado equalificado para que prescreva seu treinamento; o problema é que a maioria dosprofissionais vive afundada em paradigmas e mitos criados acerca do treinamentodesportivo.
Hápouco tempo perdemos o pai da famosa periodização do treinamento (talvezalguns que a utilizam nem saibam que ele morreu), antes de falecer MATVEEV foibastante questionado e criticado pelo modelo tradicional de periodização dotreinamento que criou. A maior parte dos questionamentos girava em torno danecessidade de algumas fases que todo ano eram repetidas pelos atletas, e que naverdade poderiam ser diminuídas ou até mesmo esquecidas.
Muitomais do que treinar distâncias ou determinadotempo, você deve saber ao certo o sistema energético que está treinando,bem como intercalar estímulos e intervalos de recuperação adequados (tantodurante o treino, como entre os dias de treino). Veja abaixo alguns dos tipos deestímulos e intervalos que devem ser treinados:
(Adaptadode Vólkov, 2002)
Acão treinada |
Intensidade |
Duração |
Pausas de repouso |
Carac. do repouso |
Repetições |
Potência anaeróbia aláctica |
máxima |
7-10 seg. |
2-3 min. |
passivo |
5-6 |
Capacidade anaeróbia aláctica |
máxima |
7-10 seg. |
0,3-1,5 min. |
passivo
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